CIÊNCIA E VIDA!!

CIÊNCIA E VIDA!!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

VACÚOLOS


Os vacúolos
Os vacúolos das células vegetais são interpretados com regiões expandidas do retículo endoplasmático. Em células vegetais jovens observam-se algumas dessas regiões, formando pequenos vacúolos isolados um do outro. Mas, à medida que a célula atinge a fase adulta, esses pequenos vacúolos se fundem, formando-se um único, grande e central, com ramificações que lembram sua origem reticular. A expansão do vacúolo leva o restante do citoplasma a ficar comprimido e restrito à porção periférica da célula. Além disso, a função do vacúolo é regular as trocas de água que ocorrem na osmose.
Em protozoários de água doce existem vacúolos pulsáteis (também chamados contráteis), que exercem o papel de reguladores osmóticos. O ingresso constante de água, do meio para o interior da célula, coloca em risco a integridade celular. A remoção contínua dessa água mantém constante a concentração dos líquidos celulares e evita riscos de rompimento da célula. É um trabalho que consome energia.



 Os vacúolos são estruturas citoplasmáticas de diferentes tamanhos, revestidos por membrana e formados a partir doComplexo de Golgi ou do Retículo Endoplasmático.
De acordo com a função e do tipo de organismo, podem existir três tipos de vacúolos: vacúolos contráteis ou pulsáteis,vacúolos de suco celular e vacúolos digestivos.
Os vacúolos contráteis ou pulsáteis estão presentes nos protozoários  de água doce e são responsáveis pelo equilíbrio osmótico ao eliminarem o excesso de água nas células. Como estes protozoários são hipertônicos com relação ao meio que habitam, suas células absorvem água por osmose. Essa água é encaminhada para o vacúolo contrátil, que se contrai e bombeia o excesso de água para o exterior. Em algumas espécies, este tipo de vacúolo atua também como auxílio na excreção ou na locomoção.
Os protozoários marinhos não sofrem com o problema osmótico, no entanto, apresentam vacúolo: juntamente com a água são eliminadas substâncias tóxicas ou excretas.
Os vacúolos de suco celular  são delimitados por uma membrana lipoprotéica denominada tonoplasto e são exclusivosdas células de algumas algas  e das plantas. Nas células jovens das plantas são pequenos e numerosos, à medida que a célula se desenvolve e cresce, eles se fundem resultando em um grande, único e bem desenvolvido vacúolo.
Dependendo da espécie, este tipo de vacúolo armazena diferentes substâncias: proteínas  (proteoplastos – plastos dereserva protéica em sementes), carboidratos (aminoplastos – plastos de reserva nutritiva nas raízes), antocianinas (pigmentos que dão cor às flores) e toxinas (tanino e nicotina), substâncias de defesa contra predadores.
Os vacúolos digestivos são típicos de células fagocitárias e atuam em associação às enzimas lisossômicas formando outros vacúolos derivados deste processo: vacúolos primários e secundários, ou ainda chamados de vacúolos digestivos e residuais.

RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO


O retículo endoplasmático

Tipos de retículo
O citoplasma das células eucariontes contém inúmeras bolsas e tubos cujas paredes têm uma organização semelhante à da membrana plasmática. Essas estruturas membranosas formam uma complexa rede de canais interligados, conhecida pelo nome de retículo endoplasmático. Pode-se distinguir dois tipos de retículo: rugoso (ou granular) e liso (ou agranular).

Retículo endoplasmático rugoso (RER) e liso (REL)
retículo endoplasmático rugoso (RER), também chamado de ergastoplasma, é formado por sacos achatados, cujas membranas têm aspecto verrugoso devido à presença de grânulos – osribossomos – aderidos à sua superfície externa (voltada para o citosol). Já o retículo endoplasmático liso (REL) é formado por estruturas membranosas tubulares, sem ribossomos aderidos, e, portanto, de superfície lisa.

Os dois tipos de retículo estão interligados e a transição entre eles é gradual. Se observarmos o retículo endoplasmático partindo do retículo rugoso em direção ao liso, vemos as bolsas se tornarem menores e a quantidade de ribossomos aderidos diminuir progressivamente, até deixar de existir.

Funções do retículo endoplasmático
O retículo endoplasmático atua como uma rede de distribuição de substâncias no interior da célula. No líquido existente dentro de suas bolsas e tubos, diversos tipos de substâncias se deslocam sem se misturar com o citosol.
Produção de lipídios
Uma importante função de retículo endoplasmático liso é a produção de lipídios. A lecitina e o colesterol, por exemplo, os principais componentes lipídicos de todas as membranas celulares são produzidos no REL. Outros tipos de lipídios produzidos no retículo liso são os hormônios esteróides, entre os quais estão a testosterona e os estrógeno, hormônios sexuais produzidos nas células das gônadas de animais vertebrados.
Desintoxicação
retículo endoplasmático liso também participa dos processos de desintoxicação do organismo. Nas células do fígado, o REL, absorve substâncias tóxicas, modificando-as ou destruindo-as, de modo a não causarem danos ao organismo. É a atuação do retículo das células hepáticas que permite eliminar parte do álcool, medicamentos e outras substâncias potencialmente nocivas que ingerimos.
Armazenamento de substâncias
Dentro das bolsas do retículo liso também pode haver armazenamento de substâncias. Os vacúolos das células vegetais, por exemplo, são bolsas membranosas derivadas do retículo que crescem pelo acúmulo de soluções aquosas ali armazenadas.
Produção de proteínas
retículo endoplasmático rugoso, graças à presença dos ribossomos, é responsável por boa parte da produção de proteínas da célula. As proteínas fabricadas nos ribossomos do RER penetram nas bolsas e se deslocam em direção ao aparelho de Golgi, passando pelos estreitos e tortuosos canais co retículo endoplasmático liso.

LISOSSOMOS


O que são 
Lisossomos são organelas presentes no citoplasma da grande maioria das células eucariontes. No interior dos lisossomos podemos encontrar grande quantidade de enzimas digestivas.
Onde são formados
Os lisossomos são formados no Complexo de Golgi (outra importante organela presente no citoplasma).
Funções dos lisossomos:
- Fazer a degradação e digestão de partículas originárias do meio exterior às células;
- Reciclar (função de renovação celular) outras organelas celulares que estão envelhecidas. Este processo é conhecido como autofagia.
Enzimas digestivas dos lisossomos
As enzimas digestivas presentes em grande quantidade no interior dos lisossomos, são originadas no retículo endoplasmático rugoso (outra organela presente no citoplasma).

CENTRÍOLO


Os centríolos são organelas citoplasmáticas comuns nas células eucariontes. Eles ficam localizados nas proximidades do núcleo (região denominada centrossomo) onde estão dispostos aos pares e perpendiculares um ao outro.

Essas estruturas possuem organização bem simples, porém indispensáveis ao funcionamento de uma célula, sendo formadas por um conjunto de microtúbulos (constituídos basicamente por proteínas globulares alfa e beta) em arranjo padrão: nove grupos, cada um contendo três microtúbulos interligados por proteínas denominadas dineínas.

Entre as funções desempenhadas, destacam-se:

• Constituição do fuso aromático durante o mecanismo de divisão por mitose e meiose, deslocando-se cada um para extremos opostos da célula, emitindo projeções em formação de feixes filamentosos que se unem à região do centrômero dos cromossomos, que, proporcionalmente, realizam a separação dos cromossomos homólogos ou das cromátides irmãs.

• Formação dos cílios e flagelos, responsáveis por inúmeras atividades, dependendo do tipo de organismo (unicelular ou multicelular), tais como:

- Alga ou protozoário, nos quais os centríolos desenvolvem pequeninos cílios ou flagelos, propiciando, além da locomoção, a absorção de partículas.

- Ou também presentes em algumas células especializadas do corpo humano: no revestimento interno da traqueia (tecido epitelial pseudo estratificado cilíndrico ciliado), removendo impurezas do sistema respiratório; integração de cílios na superfície das células da tuba uterina (transportando o óvulo até o útero); e compondo o flagelo dos gametas masculinos (os espermatozoides).

Como os cílios e os flagelos estão geralmente associados ao mecanismo de locomoção, necessitam de eficácia para gerar propulsão e deslocamento. Em consequência, a estruturação dos microtúbulos situados na base dos centríolos (chamada de corpúsculo basal) possui uma diferenciação. O arranjo, tanto dos cílios quanto dos flagelos, requer um par de microtúbulos centrais, aumentando a resistência do anexo locomotor.

O centríolo Estrutura O centríolo é um organóide que aparece perto do núcleo, no centro de uma região chamada centrosfera.O microscópio eletrônico mostra que cada centríolo é um cilindro, cuja parede é constituída de 27 microtúbulos dispostos em 9 feixes, cada um dos quais com 3 microtúbulos paralelos. Cada célula apresenta 2 centríolos perpendiculares um ao outro. Ocorrência Os centríolos ocorrem em células animais, algas e fungos, não sendo encontrados nas células vegetais superiores. Composição Química Na constituição química dos centríolos aparecem: água, proteínas, carboidratos, lipídios, DNA e RNA. Biogênese Os novos centríolos são produzidos sempre a partir de centríolos preexistentes. Funções Durante a mitose, os centríolos duplicam-se e orientam a formação do fuso mitótico, estrutura responsável pela distribuição dos cromossomos entre as células-filhas. Também atuam na formação dos corpúsculos basais de cílios e flagelos. · Cílios e flagelos – São projeções filimormes, que agem na movimentação de células. Os cílios são curtos e numerosos, enquanto os flagelos são longos e em nu número reduzido. Cílios e flagelos possuem a mesma estrutura, onde aparecem 9 pares de microtubulos dispostos em circulo ao redor de um par central; tais túbulos são envolvidos por um prolongamento da membrana plasmática. Cílios e flagelos inserem-se em estruturas denominadas corpúsculos basais, formações semelhantes aos centríolos. Cílios e flagelos determinam a motilidade de espermatozóides, bactérias, algas e protosoários. Epitélios ciliados promovem a movimentação de partículas, como é o caso das vias respiratórias.O estudo da fisiologia animal evidencia um grande número de exemplos de estruturas ciliadas.

Citoplasma - Introdução e Citoesqueleto - Prof. Paulo Jubilut

Peroxissomos, Glioxissomos e Vacúolos - Citoplasma - Prof. Paulo Jubilut

A via secretória - parte 1 (Retículo endoplasmático, complexo de Golgi, ...

Complexo de Golgi e Lisossomos

RIBOSSOMOS E PRÊMIO NOBEL


Os Três premiados desvendaram como são fabricadas proteínas nas células e abriram caminho para antibióticos mais eficientes.
codon O Prêmio Nobel de Química de 2009 foi concedido, ontem, a três cientistas que explicaram átomo por átomo um processo fundamental para a biologia: a transformação das informações do DNA em proteínas, moléculas que efetivamente põem a vida em movimento.
Ada Yonath, 70, Venkatraman Ramakrishnan, 57, e Thomas Steitz, 69, determinaram a estrutura dos ribossomos, as “fábricas” de proteínas das células.
O trabalho foi considerado importante porque o DNA na verdade carrega apenas instruções. O ribossomo é o local onde o código genético se transforma em hormônios, anticorpos ou enzimas. O trabalho vencedor do Nobel impactou a medicina, pois a estratégia de muitos antibióticos usados hoje é atacar justamente o ribossomo das bactérias.
O que o trio fez foi usar um método chamado cristalografia de raios X, que usa esse tipo de luz para localizar as posições de cada um dos átomos de uma molécula. Assim foi possível entender como é o ribossomo. 
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Os ganhadores do Nobel de Química de 2009  não buscavam antibióticos quando começaram suas pesquisas, décadas atrás. A Academia Real Sueca de Ciências, que oferece o prêmio, declarou que o trabalho dos três é um exemplo de como “pesquisa guiada pela curiosidade pode ter uso prático”.
O prêmio para a determinação da estrutura do ribossomo pode ser encarado como o fim de uma longa trilogia. Ela começou em 1962, quando James Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins ganharam o Nobel de Medicina e Fisiologia ao determinar a estrutura atômica das moléculas de DNA.
Mais de 40 anos depois, em 2006, Roger Kornberg foi premiado por descrever o RNA mensageiro - o “garoto de recados” da célula, responsável por levar as informações do “manual de instruções”, o DNA, para a “fábrica”, o ribossomo. Faltava o fim da história.
Agora, finalmente, o Nobel foi concedido a quem estudou o término da linha: como o ribossomo lê as informações trazidas pelo RNA mensageiro e cria as proteínas de que o corpo precisa. Cientistas que trabalhavam na área já cobravam reconhecimento. “A gente sempre esperava que viesse um Prêmio Nobel”, diz Schpector.

Ribossomos e Centríolos - Citoplasma - Prof. Paulo Jubilut

RIBOSSOMOS



A estrutura dos ribossomos no momento da síntese protéica.
Os ribossomos são grânulos livres imersos no hialoplasma das células procarióticas e eucarióticas e também aderidos ao retículo endoplasmático, recebendo a denominação de retículo granular. Quando participam da síntese celular, essas estruturas permanecem agrupadas ao filamento de RNA mensageiro, formando os polissomos.

São formados a partir de duas subunidades: uma maior e outra menor, originadas da combinação de ácido nucleico ribossomal (RNAr) à uma enorme quantidade de proteínas, cerca de 50 tipos proteicos diferentes.

Fundamentais estruturas do controle metabólico, o ribossomo somente funciona quando as subunidades se fusionam.

Existem, na sua subunidade maior, dois sítios: um A e outro P (A – aminoacil e um P - peptidil) receptivos ao RNA transportador (RNAt), substância carreadora dos aminoácidos (unidade básica das proteínas).

A atuação ribossomal no mecanismo de tradução celular se divide em três estágios: o inicial, codificado pelo códon AUG (sequência de bases pirimídicas), o estágio de alongamento (acréscimo de aminoiácidos por ligações peptídicas) e estágio terminal codificado por um códon de parada (códon - Stop).

O que são 
Os ribossomos são pequenas granulações presentes no citoplasma da célula e também na parte superficial do retículo endoplasmático, formando o retículo endoplasmático rugoso (granular). 
Origem e composição
Os ribossomos são formados a partir das células procarióticas e eucarióticas do núcleo celular. É composto por diversas proteínas e também pelo flagelo ribossomático. Os ribossomos são ricos em ácido ribonucleico.
Quando atuam no processo de síntese celular, os ribossomos ficam juntos ao filamento de RNA, formando os polissomos.
Funções
Uma das principais funções dos ribossomos é atuar na síntese das proteínas. Como a célula necessita de muita proteína para se desenvolver, ela possui milhares de ribossomos em seu citoplasma. 
Os ribossomos atuam também na síntese das cadeias polipeptídicas.

CLOROPLASTO


Nas plantas com clorofila, cada cloroplasto é um minúsculo laboratório, o mais maravilhoso do Mundo. Nestas pequenas formações microscópicas, a energia procedente da radiação solar desencadeia reações químicas cujos produtos finais são diversos tipos de açúcares, porém, também podem ser gorduras.
As experiências realizadas demonstraram que nestas reações os cloroplastos utilizam comprimentos de onda da luz visível compreendidos entre 400 nm e 720 nm. Apenas algumas reações utilizam os infravermelhos e os ultravioletas. Dentro do espectro absorvido, a clorofila absorve principalmente na zona do vermelho, emitindo a radiação com outros comprimentos de onda. Este facto permite explicar a cor verde da clorofila. A luz vermelha fornece a energia necessária para a fotossíntese.
Portanto, as plantas terrestres captam sobretudo a luz vermelha e refletem a cor complementar, o verde. Nas algas marinhas que vivem a profundidades relativamente grandes (20 m-30 m) ocorre o fenômeno inverso: são coloridas geralmente de vermelho intenso, algas vermelhas, e têm de utilizar o resíduo verde-azulado da luz solar, que ilumina tenuemente o seu espaço vital, já que a água do mar filtra de cima para baixo, consecutivamente, primeiro as radiações vermelhas, depois as alaranjadas, em seguida as amarelas e finalmente também as verdes. Por conseguinte, as algas verdes só podem subsistir à superfície do mar.

Biologia Cloroplastos

CLOROPLASTO

As células vegetais dispõem de uma organela em sua estrutura responsável pelo processo de fotossíntese, denominados cloroplastos, semelhantes às mitocôndrias das células animais.
Os cloroplastos são as maiores e mais proeminentes organelas citoplasmáticas presentes nas células vegetais e podem variar em morfologia, quantidade e posição. São envolvidos por duas membranas, uma externa contendo proteínas que garantem a permeabilidade a pequenas moléculas, e uma interna, com função contrária, ou seja, é impermeável a íons e metabólitos, os quais necessitam de transportadores específicos de membrana para serem carregados, entre ambas as membranas existe o espaço intermembranoso.
No interior dos cloroplastos existe uma matriz amorfa denominada estroma, rica em enzimas solúveis, incluindo as responsáveis pelas reações da fase bioquímica da fotossíntese. Também são encontrados no estroma os plastoglóbulos, grãos de amido, fitoferritina, plastorribossomos, moléculas de DNA.
Assim como as mitocôndrias, os cloroplastos também produzem a maior parte do ATP necessário para o metabolismo através do uso de energia eletroquímica de prótons para fosforilar ADP em ATP pela ação da enzima ATP-sintetase. Além disso, os cloroplastos contêm DNA, que é circular e codifica parte de suas proteínas, e são organelas semi-autônomas, pois crescem e dividem-se por si mesmas.
Os cloroplastos permitem que as células na presença da luz sejam capazes de remover o carbono do dióxido de carbono do ar e incorporá-lo em suas próprias substâncias, liberando oxigênio da célula concomitantemente, processo esse denominado fotossíntese.
Na fotossíntese, a energia eletromagnética  da luz solar é recebida e convertida pelos cloroplastos em energia de ligação química, sendo assim, as plantas são capazes de obter todos os átomos de que necessitam a partir de fontes inorgânicas: o carbono, a partir do dióxido de carbono atmosférico, o hidrogênio e o oxigênio, da água; o nitrogênio, daamônia  e dos nitratos do solo, e os outros micronutrientes (nutrientes necessários em pequenas quantidades), a partir de sais inorgânicos do solo. Elas utilizam a energia derivada da luz solar para construir açúcares, nucleotídeos, ácidos graxos, por meios desses átomos citados. Essas moléculas menores são, por sua vez, em proteínas, ácidos nucléicos, lipídios e polissacarídeos, participando da estrutura da planta.
As reações da fotossíntese ocorrem em duas fases. Na primeira, fase luminosa, a energia solar é capturada e armazenada temporariamente como energia de ligação química em pequenas moléculas de NADPH2 e ATP, que agem como carreadores de energia e grupos químicos reativos. Nesse estágio, o gás oxigênio, proveniente da hidrólise é liberado como produto de descarte.
Na segunda, fase obscura, as moléculas que servem como carregadoras de energia são usadas para ajudar no processo de fixação de carbono e de água, disponibilizando, assim, uma reserva útil de energia e de nutrientes.
O resultado líquido de todo o processo de fotossíntese pode ser representado resumidamente na seguinte equação:
energia luminosa + CO2  + H2O        →      açúcares + O2+ energia térmica
Os açúcares produzidos, então, são utilizados como fonte de energia e de materiais para a produção das várias outras moléculas orgânicas essenciais à célula vegetal.

Mitocôndria e ATP - Citoplasma - Prof. Paulo Jubilut

Curiosidades sobre as mitocôndrias


Curiosidades sobre as mitocôndrias:
- As mitocôndrias também são encontradas nas células vegetais;
- As mitocôndrias só podem ser visualizadas com o auxílio de microscópio profissional, pois possuem dimensão diminutas (medem em média 0,003mm);
- As mitocôndrias não são encontradas nas células de bactérias e algas azuis;
- A palavra mitocôndria é de origem grega, onde “mitos” significa linha e “chondrion” significa grânulo;
- As mitocôndrias estão presentes em maior quantidade nas células dos músculos, coração e sistema nervoso, pois estas necessitam de grande quantidade de energia.

Papel das mitocôndrias no envelhecimento

As dimensões dos órgãos internos guardam relação direta com o conteúdo energético da alimentação. Quanto maior o número de calorias ingeridas, maior o peso do coração, fígado, rim, próstata, músculos e dos linfonodos (gânglios linfáticos) envolvidos na resposta imunológica. Por capricho intencional da natureza, apenas o cérebro e os testículos mantém constante suas dimensões, mesmo quando o indivíduo é submetido a redução drástica do aporte calórico.
O tamanho dos órgãos internos, no entanto, não explica o retardo ou aceleração do envelhecimento. A explicação é dada por um conjunto de organelas microscópicas presentes em todas as células do organismo e responsáveis pela produção de energia: as mitocôndrias.
Cada célula contém centenas de mitocôndrias espalhadas pelo citoplasma. No interior da mitocôndria, as moléculas resultantes da alimentação são utilizadas numa série complexa de reações químicas, que resultará na síntese de uma molécula capaz de armazenar energia e transportá-la para os quatro cantos da célula: o ATP. É no ATP que a célula encontrará 90% da energia necessária para exercer sua funções: produção de proteínas, movimento, excreção, troca de íons, etc. Se não fossem as mitocôndrias, não haveria possibilidade de vida; elas são as centrais energéticas da célula.
A lógica sugere que qualquer fenômeno capaz de comprometer a produção do ATP na mitocôndria, pode prejudicar o funcionamento ou simplesmente matar a célula. De fato, em 1962, R. Luft, da Universidade de Estocolmo, demonstrou que o decréscimo da produção de energia na mitocôndria provocava o aparecimento de doenças debilitantes, características da idade avançada.
Estudos posteriores deixaram claro que o tecido mais rapidamente atingido pelo decréscimo de energia era o sistema nervoso central. Seguiam-se, em ordem decrescente de sensibilidade, o coração, os músculos, os rins e os tecidos produtores de hormônios.

MITOCÔNDRIAS


Mitocôndrias
Estrutura e função das mitocôndrias

As mitocôndrias estão imersas no citosol, entre as diversas bolsas e filamentos que preenchem o citoplasma das células eucariontes. Elas são verdadeiras “casas de força” das células, pois produzem energia para todas as atividades celulares.
As mitocôndrias foram descobertas em meados do século XIX, e, durante décadas, sua existência foi questionada por alguns citologistas. Somente em 1890 foi demonstrada, de modo incontestável, a presença de mitocôndrias no citoplasma celular. O termo “mitocôndria” (do grego, mitos, fio, e condros, cartilagem) surgiu em 1898, possivelmente como referência ao aspecto filamentoso e homogêneo (cartilaginoso) dessas organelas em alguns tipos de células, quando observadas ao microscópio óptico.
As mitocôndrias, cujo número varia de dezenas até centenas, dependendo do tipo de célula, estão presentes praticamente em todos os seres eucariontes, sejam animais, plantas, algas, fungos ou protozoários.

Estrutura interna das mitocôndrias
As mitocôndrias são delimitadas por duas membranas lipoprotéicas semelhantes às demais membranas celulares. Enquanto a membrana externa é lisa, a membrana interna possui inúmeras pregas – as cristas mitocondriais – que se projetam para o interior da organela.


A cavidade interna das mitocôndrias é preenchida por um fluido denominado matriz mitocondrial, onde estão presentes diversas enzimas, além de DNA e RNA e pequenos ribossomos e substâncias necessárias à fabricação de determinadas proteínas.
A respiração celular
No interior das mitocôndrias ocorre a respiração celular, processo em que moléculas orgânicas de alimento reagem com gás oxigênio (O2), transformando-se em gás carbônico (CO2) e água (H2O) e liberando energia.
C6H12O6 + O2 -> 6 CO2 + 6 H2O + energia

A energia liberada na respiração celular é armazenada em uma substância chamada ATP (adenosina trifosfato), que se difunde para todas as regiões da célula, fornecendo energia para as mais diversas atividades celulares. O processo de respiração celular será melhor explicado na seção de Metabolismo energético.

A origem das mitocôndrias

Toda mitocôndria surge da reprodução de uma outra mitocôndria. Quando a célula vai se dividir, suas mitocôndrias se separam em dois grupos mais ou menos equivalentes, que se posicionam em cada um dos lados do citoplasma.

Ao final da divisão cada um dos grupos fica em uma célula-filha. Posteriormente, no decorrer do crescimento das células, as mitocôndrias se duplicam e crescem, restabelecendo o número original.
 
As mitocôndrias do espermatozóide penetram no óvulo durante a fecundação e degeneram-se logo em seguida, portanto, as mitocôndrias presentes na célula-ovo são originárias exclusivamente da mãe. As mitocôndrias ovulares, que se multiplicam sempre que a célula se reproduz, são as ancestrais de todas, as mitocôndrias presentes em nossas células.
Muitos cientistas estão convencidos de que as mitocôndrias são descendentes de seres procariontes primitivos que um dia se instalaram no citoplasma das primeiras células eucariontes. Existem evidências que apóiam essa hipótese, tais como o fato de as mitocôndrias apresentarem material genético mais parecido com a das bactérias do que com a das células eucariontes em que se encontram.
O mesmo ocorre com relação a maquinaria para a síntese de proteínas: os ribossomos mitocondriais são muito semelhantes aos das bactérias e bem diferentes dos ribossomos presentes no citoplasma das células eucariontes.


CURIOSIDADE SOBRE CITOESQUELETO

Sabe-se que o envelhecimento celular deve-se, alem de outros fatores, ao enrijecimento do citoesqueleto, formando rugas na pele. Exite um polipetídeo atualmente que atua no citoesqueleto para retardar o envelhecimento. Qual o nome? Quanto custa? Como atua?


O citoesqueleto é formado por proteínas que incluem os filamentos intermediários, filamentos de actina, microtubulos, dineína, miosina e cinesina. É composto por proteínas bastante estáveis que são responsáveis por manter a forma da célula e as junções celulares, além de auxiliarem nos movimentos celulares. Em 2005 um grupo de físicos da Universidade Clarkson, nos Estados Unidos, constatou que, conforme o tempo passa, ocorre um enrijecimento do citoesqueleto. Antes se acreditava que só a substância existente entre as células, a matriz extracelular, endurecia. O seu endurecimento faz com que a pele fique mais fibrosa, mais áspera e menos elástica. Os tratamentos contra a perda de elasticidade imitam a ação da matriz extracelular, principalmente no que se refere ao aumento da síntese de colágeno e elastina (responsáveis pela sustentação e elasticidade). Com a nova descoberta diversos produtos foram e estão sendo estudados pra 'amolecer' o citoesqueleto enrijecido e, assim, diminuir as rugas. Há no mercado dois produtos com este perfil: 1) Mamaku Vital Essence (US$ 310,00), extraído de uma árvore nativa das florestas da Nova Zelândia, que atua reforçando o citoesqueleto, aumentando a síntese de proteínas estruturais, proporcionando uma maior renovação celular e ajudando no movimento celular. 2) OHT-Peptide, que custa US$ 114,00 e age estimulando a síntese de colágeno, reduzindo a tensão muscular que causa as rugas e diminuindo o processo inflamatório (pela inibição da interleucina).


Citoesqueleto

CITOESQUELETO

O citoesqueleto é o conjunto de filamentos e finíssimos túbulos de proteínas presentes no citosol das células, responsáveis pela sustentação e forma, permitindo o seu movimento e transporte de substâncias. 


“Simbolicamente, possui funcionamento celular semelhante ao esqueleto e musculatura.”
Sua composição é basicamente estruturada por dois tipos de filamentos protéicos: os microfilamentos e os microtúbulos, possibilitando uma conformação extremamente dinâmica que se restaura continuamente agregando e desagregando seus constituintes. 

Microtúbulos → são pequenos e finos tubos cilíndricos e ocos, com aproximadamente 20 nanômetros de diâmetro e alguns micrômetros de comprimento, formados por proteínas globulares denominadas de tubulinas alfa e beta disposta em arranjo helicoidal, associadas a proteínas auxiliares (dineina e cinesinas).

Microfilamentos → são filamentos fibrosos com cerca de 3nm e 6nm de diâmetro, formados por moléculas protéicas de actina e miosina, que particularmente se ligam estabelecendo um duplo filamento torcido.
Entre as funções do citoesqueleto, destacam-se:

- A participação na organização dos centríolos, cílios e flagelos;
- Orientação e deslocamento dos cromossomos, formando as fibras do fuso e do áster durante o processo de divisão celular (mitose e meiose);
- Ponto de apoio para a manutenção da disposição dos orgânulos citoplasmáticos; 
- Projeção e retração citoplasmática que levam as células a mudar de forma (a emissão de pseudópodes);
- E execução de contrações musculares pelo deslizamento dos filamentos de miosina sobre os de actina.

sábado, 29 de setembro de 2012

Bioálcool

Bioálcool

Fermentação alcoólica: conceito atual e importante na formação do Químico Industrial


Este texto é resultado do projeto de Iniciação à Docência da aluna de Química Industrial Ixthá Hasselmann Valeriano que direciona o conceito da fermentação alcoólica, principalmente, para a turma de Química Industrial da disciplina Tecnologia Enzimática e das Fermentações (MTC-Faculdade de Farmácia-UFF).
O principal produto da fermentação alcoólica é o etanol. As indústrias brasileiras que produzem álcool por via fermentativa são chamadas de usinas alcooleiras ou sucroalcooleiras1 (quando fabricam concomitantemente o açúcar) e geralmente usam como matéria-prima a cana-de-açúcar e como agente da fermentação a Saccharomyces cerevisiae2.
O álcool etílico das usinas pode ser classificado como álcool hidratado, álcool hidratado neutro ou álcool anidro e encontra aplicações nas seguintes indústrias: químicas, alcoolquímicas, farmacêuticas, cosméticas e alimentícias, de acordo com as especificações exigidas em cada planta industrial. Ele também pode ser usado diretamente como álcool de limpeza (álcool hidratado) ou álcool combustível, aplicação que vem ganhando destaque por motivos ambientais, sendo chamado de bioetanol. A produção de bebidas alcoólicas, apesar de também ser uma fermentação, tem o seu processo bastante diferente do utilizado para a produção de etanol e não é alvo do presente texto.
O bioetanol pode ser misturado à gasolina3 (álcool anidro) ou ser usado puro (álcool hidratado) em motores flex fuel. Ele teve a sua produção e seu consumo impulsionados em todo o mundo, principalmente a partir de 2005 com a vigência do protocolo de Kioto4, acordo entre nações que se comprometem reduzir as emissões dos gases causadores do efeito estufa e que estabelece metas para serem alcançadas entre 2008 e 2012. A queima do etanol não contribui para o efeito estufa, visto que o CO2 liberado por motores movidos por este tipo de álcool será consumido por uma nova plantação de cana-de-açúcar (ou de outra matéria prima usada). Diferentemente do petróleo, o etanol pode ser obtido a cada nova safra. Portanto, esse recurso renovável e não poluente do grupo dos biocombustíveis vem substituindo a gasolina, combustível fóssil derivado do petróleo, como fonte de energia. Entretanto, existem discussões que tratam do embate envolvendo as plantações destinadas à produção de biocombustíveis e à alimentação5.
Já em 1975, o etanol combustível produzido no Brasil teve a sua produção aumentada e subsidiada pelo governo através do programa Proálcool6 (1970-1980) devido à crise do petróleo, que elevou o custo da gasolina. No início, aumentou-se a porcentagem de álcool anidro misturada à
gasolina, depois, o governo brasileiro incentivou a compra de carros movidos exclusivamente a álcool pela população. Apesar do programa não ter continuado e a venda de carros a álcool ter parado, o conhecimento do setor canavieiro sobre a fermentação de cana e o estudo das linhagens de S. cerevisiae foram muito desenvolvidos.
A fermentação alcoólica, por sua vez, foi descoberta há 6000 a. C. pelos povos antigos que produziam bebidas alcoólicas a partir de cereais e frutas. No entanto, o agente da fermentação mais usado pelas usinas brasileiras, a levedura S. cerevisiae, só foi reconhecido por volta de 1860, mais ou menos na mesma época em que Pasteur7 (1822-1895) descobriu que a fermentação era um processo anaeróbio. Na década de 1900, as reações enzimáticas que ocorrem no metabolismo do fungo unicelular facultativo S. cerevisiae foram elucidadas, possibilitando um maior controle deste processo.
Como citado anteriormente, as usinas brasileiras usam o caldo de cana-de-açúcar como matéria-prima8 açucarada, assim como o melaço, subproduto do processamento do açúcar, rico em sacarose. Nos EUA, o milho é a matéria prima amilácea usada para a fabricação do etanol. Outras matérias-primas açucaradas (ex. beterraba) e amiláceas (ex. mandioca) também podem ser processadas para a obtenção de etanol de 1ª geração. A matéria-prima celulósica (biomassa9 da cana, madeira, etc.), que era usada apenas para gerar energia elétrica10, vem sendo aproveitada para a produção de etanol de 2ª geração11. Tanto as matérias amiláceas quanto celulósicas devem passar por um tratamento anterior à fermentação, que costuma ser uma hidrólise ácida ou enzimática, para que unidades de glicose estejam biodisponiveis para os agentes da fermentação.
A condução da fermentação pode der feita por batelada, com reciclo de células (usualmente Melle Boinot) ou por processo contínuo. O processo pode usar células livres ou imobilizadas12,13. O A fermentação em batelada apresenta três fases distintas: preliminar, tumultuosa e complementar. No final da fermentação, o material fermentado passa por uma centrífuga que separa os sólidos em suspensão da solução, chamada de vinho, que segue para colunas de fracionamento, retificação e desidratação para a obtenção dos alcoóis hidratado, neutro e anidro, nesta ordem. Os principais subprodutos de ambos os processos são: gás carbônico, óleo fúsel, levedura, vinhoto.
A concentração de sacarose inicialmente no mosto deve ser entre 15 e 20º Brix (medida de concentração da sacarose, que pode ser obtido através de um sacarímetro, um densímetro calibrado com sacarose pura, em % (p/v)). Para uma boa eficiência de fermentação, a escolha e o tratamento da matéria-prima devem ser cuidadosamente feitos. Por exemplo, escolhendo-se o melaço como o material contendo o substrato (80 °B), a etapa de preparação do mosto começa com o ajuste da concentração de sacarose dentro da faixa, portanto é necessário fazer uma diluição de acordo com a equação:
W = 100 x (B – b),
b
onde W é a quantidade de água a ser adicionada em 100 mL de caldo de cana, B é a concentração (°B) inicial de sacarose e b é a concentração (°B) desejada de sacarose. A adição de nutrientes como fontes de fósforo e de nitrogênio, também é feita, pois tanto o caldo de cana quanto o melaço são pobres nesses elementos. Em seguida, ajusta-se o valor de pH entre 4 e 5 e acrescentam-se antibióticos, para evitar a contaminação do mosto por outros microrganismos. Esse procedimento diminui os custos de produção por eliminar a esterilização das grandes quantidades de mosto, embora possa trazer problemas futuros em relação ao uso de antibióticos que podem afetar o meio ambiente. O inoculo, antes de ser adicionado ao mosto, deve ter as células adaptadas à alta concentração de açúcar e ser propagado, de modo a permitir uma inoculação maciça do mosto (106-107 células/mL).
A fermentação do mosto ocorre, porque a levedura possui a enzima invertase que converte a sacarose em glicose e frutose, açúcares que serão usados no metabolismo desta levedura para a produção de energia, CO2 e etanol em condições apropriadas (meio concentrado em açúcar e anaerobiose).

Bioalcool