CIÊNCIA E VIDA!!

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sábado, 5 de junho de 2010

RESENHA

A IMPORTÂNCIA DA AUTOESTIMA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM


Wagner R. do Amaral


Saber desenvolver sua auto-estima, à medida que é reconhecida como tal, são necessidades educacionais específicas. Nessa perspectiva, o autor relata que ajudar cada aprendiz a descobrir-se, a aceitar-se, a compreender-se é instrumentalizá-lo a se sentir confiante e apto a enfrentar as dificuldades e as complexidades do aprender, deve se constituir num dos principais objetivos da EJA. O sentimento de menos-valia impede uma pessoa de aventurar-se no processo da aprendizagem, além de trazer conseqüências indesejáveis para o universo relacional.
A valorização da auto-estima passou a ter uma relevância maior, tendo em vista que a fragilidade é a principal causado fracasso escolar. O papel do (a) professor (a) de EJA é determinante para evitar situações de novo fracasso escolar. Um caminho seguro para diminuir esses sentimentos de insegurança é valorizar os saberes que os alunos e alunas trazem para a sala de aula. O reconhecimento da existência de uma sabedoria no sujeito, proveniente de sua experiência de vida, de sua bagagem cultural, de suas habilidades profissionais, certamente, contribui para que ele resgate uma auto-imagem positiva, ampliando sua auto-estima e fortalecendo sua autoconfiança.
O bom acolhimento e a valorização do aluno, pelo (a) professor (a) de jovens e adultos possibilitam a abertura de um canal de aprendizagem com maiores garantias de êxito, porque parte dos conhecimentos prévios dos educando para promover conhecimentos novos, porque fomenta o encontro dos saberes da vida vivida com os saberes escolares.
Procurar apresentar as marcas comuns e os traços diferenciados dos alunos da educação de jovens e adultos é também o objetivo do autor deste módulo, percorrer aspectos sociais, econômicos, culturais e cognitivos para assim poder analisar com clareza quem são os alunos que procuram a escola mesmo tendo uma vida restrita com o trabalho, vida pessoal e social. Por muito tempo o ato de aprender vinha ligado a repasses de maior numero de informações possíveis, mas a visão do aluno jovem e adulto em relação à escola é bem diferente, pois já tiveram experiências e cada um com sua personalidade e variação de pensamentos com isso podendo julgar melhor as situações e com criatividade. E tudo isso leva saberes diferenciados das escolas regulares, conseguem somar sabres sensíveis e também do cotidiano, sendo assim alunos reflexivos e abertos a facilidade na expressão de poesias, interpretações e dramatizações.
Para estes alunos já adultos procurarem a escola não é uma decisão simples, pois envolve família, trabalho e muitas vezes com ingressos e desistências continuas. E muitos que chegam à escola, têm em mente a escola tradicional e quando se deparam com a nova realidade de terem que participar e a pensar juntos apresentam grande resistência, mas o professor precisa saber acolher e encorajar este aluno que está repleto de curiosidade e desejoso de novas experiências. O autor verifica a existência de grande diversidade cultural, pois o grande movimento migratório desde os anos de 1960 e 1970 continua até hoje, o conjunto cultural formado por pessoas em uma mesma série é bastante rico e com isso abordagem do conhecimento pode ser bem amplo, mas todos têm o mesmo objetivo novas oportunidades e melhores condições de vida, já que todos fazem parte de uma classe com baixo poder aquisitivo.
A maioria são trabalhadores que começaram a trabalhar muito cedo e deixaram a educação em segundo plano, mas é pelo trabalho que acabam voltando para a escola, pois juntando aprendizagem com o conhecimento do seu trabalho podem construir novos saberes. O autor menciona Paulo Freire como responsável pela unificação da educação e com isso passa a ser necessidade para conscientização dos homens e mulheres como sujeitos capazes de transformar a realidade social,desde então a educação de jovens e adultos vem caminhando na direção de uma educação comprometida com a realidade dos mais pobres.A escola passa a ser vista como um espaço de isenção social e cultural,onde estes alunos são privilegiadas com a cultura local,regional,nacional de diferentes povos em diferentes épocas, o conhecimento especialmente da alfabetização ocupa parte considerável do trabalho que a escola realiza.O conhecimento é vivo, mutável,compartilhado e transformante.O perfil dos alunos do EJA revela que já tiveram contato com a escrita e leitura, pois passaram por uma sociedade letrada e possuem muitos conhecimentos relativos a função da escrita conseguem identificar cartazes, letreiros, fazem cálculos mentais,e com isso o autor percebe que mesmo desconhecendo o sistema da escrita os analfabetos fazem idéias dos efeitos da escuta sobre a linguagem.
Concluindo, depois dos relatos dados pelo autor vejo a necessidade de conhecer a cada dia cada aluno e dar valor para sua individualidade, sua cultura e suas limitações como pessoa, descobrir com isso o que se pode construir junto com os alunos unindo os conhecimentos e com isso podendo realmente saber quem são estes alunos jovens e adultos que ficaram por tanto tempo afastados da escola e que resolvem procurar as escolas e quais são seus objetivos. E me fez refletir de como eu como professor posso preencher com conhecimentos e aprendizagem o que o tempo longe da escola o deixou de fazê-lo.

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